segunda-feira, 7 de maio de 2012

Agradecimentos

Olá!!!!
Venho aqui para dizer a todos que o Fórum de Psicanálise foi um sucesso!!!!!!!!!Por isso parabenizo toda a Comissão de Organização pelo trabalho que realizou de forma admirável!!! E agradeço a todos que participaram do nosso evento!!!

Muito obrigada!
Tchau.

terça-feira, 20 de março de 2012

Programação


Queridos,
 a programação do nosso evento está muito legal!!!
Deêm um olhada :

Programação:

Dia 04.05
Conferência: Breve Manual para entender as crianças de hoje em dia.
Horário: 19hs

Dia 05.05:
Seminário - Fundamentos de uma psicopatologia psicanalítica (Por que o sujeito é uma impossibilidade estatítica): 9hs às 12hs
Seminário - Cinco casos clínicos para demonstrar como a clínica do Sujeito não entra em classificações: 14hs às 17hs



Serão 8 horas de Alfredo Jerusalinsky!!! Para saber como se  inscrever acessem o link INSCRIÇÃO , em baixo do título do blog.

Dúvidas? Enviem perguntas para barbara.bsantos@hotmail.com .

beijos e até mais!!!!!!!!!!!!

Comentário de Jerusalinsky

Gente,
Alfredo falou  sobre Psicanálise a um site (http://www2.uol.com.br/percurso/main/pcs33/33Debate.htm)  muito interessante - aliás, recomendo o site!! - e eu postei para vocês se enriquecerem mais um pouco.
                                                

                                             Que tipo de ciência é a psicanálise? 

Alfredo Jerusalinsky:A descoberta freudiana do inconsciente colocou em xeque a ilusão da modernidade de poder transformar todo saber em conhecimento. Embora nascida no berço da ciência, a psicanálise acabou demonstrando a impossibilidade de formular qualquer enunciado capaz de capturar um real sem que nada reste fora da redoma da linguagem. Para tal demonstração a psicanálise não se apóia na evidência da vastidão sem abrangência possível do real – o que a colocaria fora da ciência, exposta às especulações místicas – mas na condição própria do sujeito que produz esse enunciado. Um sujeito tal cujo enunciado é a matéria mesma que o constitui, na medida em que sua própria existência depende desse enunciado. Por isso seu funcionamento não pode ser outra coisa que a lógica do discurso que ao mesmo tempo habita e do qual está, ele próprio, feito. Uma lógica necessariamente paradoxal, já que é o sujeito mesmo quem produz a verdade que acredita descobrir.
 
Essa descoberta tem duas grandes conseqüências no campo do saber. A primeira é o reconhecimento de que o corpo real dos humanos é regido por uma ordem simbólica que desdobra sobre ele efeitos imaginários; uma ordem que prevalece sobre os automatismos neurovegetativos. Isso muda a leitura de seus sofrimentos e estabelece os princípios de uma nova clínica. A segunda é que, embora não constitua uma nova epistemologia (faltaria para isso ter a fé no método que a ciência contemporânea tem), produz uma nova episteme, ou seja, um novo ponto de partida para a abertura de caminhos do saber. Mais de cem anos de prática psicanalítica produziram o desdobramento dessas novas trilhas nos campos da antropologia, da filosofia, das ciências jurídicas, da medicina, da psicologia, da literatura, entre outros. Mas não só. Produziram também um certo saldo de conhecimentos emergidos de sua prática de leitura dos enunciados, desde o vértice da enunciação.
 
Essa perspectiva exige do operador situar o referente que permita o deciframento. Isso introduz a condição de uma decisão e uma escolha que, embora seja um momento comum a todas as ciências, na psicanálise não tem a contrapartida, que tem em todas elas, da configuração dos enunciados como universais.
 
O ordenamento acadêmico se rege por esses universais que permitem supor os enunciados que se transmitem como certezas. É partindo do mesmo suposto que a regulamentação de profissões fabrica a idéia de uma garantia de saber (como se tal coisa pudesse se constituir simplesmente por obra de uma letra jurídica). As dificuldades da conjugação da prática analítica com a prática universitária, tanto como sua resistência a ser arregimentada por qualquer aparelho estatal, residem em tal contraposição de princípios e postulados. Mas sua vocação pelas rebarbas dos enunciados teve e tem conseqüências também para formulação de sua própria teoria. De fato a formação – sendo ela sempre a do inconsciente – conduz o analista a tomar sempre o que excede o enunciado do outro, com o qual ele não faz mais do que cumprir com seu papel de analista. Aquilo que em qualquer outra prática teórica constituiria uma posição gratuitamente implicante, aproveitando uma série de banalidades para questionar o trabalho do colega, no caso da psicanálise constitui a trilha mais apropriada, a via regia da elaboração teórica. A multiplicidade de enfoques, em lugar de desmentir, contribuir para confirmar o fundamento de sua prática.
 
O risco do ecletismo se faz imediatamente presente diante de uma atividade científica assim delineada, facilmente o conjunto das proposições derivadas de tal forma de trabalhar nas bordas do saber humano pode tomar a aparência de uma torre de Babel. Faz-se então necessário estabelecer a condição da prova porque toda proposição deve passar. O rigor, neste caso, consiste em exigir a prova da interpretação. Isso quer disser que qualquer formulação neste âmbito corre o risco (ou talvez devamos dizer “a sorte”) de ser, ela mesma, interpretada. Essa exigência, por sinal, não coloca as coisas no caminho de uma coexistência das diferentes versões, já que toda interpretação – para sê-lo – coloca o sujeito face ao limite de seu saber. Evidentemente, uma posição que ninguém gosta de ocupar, e menos ainda quando se trata de formulações teóricas. Mas, na medida em que a psicanálise pretende se manter dentro do terreno da ciência (dada a condição interpretativa imposta pela sua própria descoberta) terá de sacrificar a paz para se aproximar da verdade. De outro modo a psicanálise não seria outra coisa que a prática de uma opinião.
 
Na direção oposta, mal faria a psicanálise se, com o pretexto da exigência de um rigor, pretendesse universalizar suas próprias proposições. Acabaria apagando com o cotovelo o que tanto a mão resistiu em – finalmente – escrever.

beijos,
até mais!!!!!!!

segunda-feira, 19 de março de 2012

quinta-feira, 15 de março de 2012

Entrevista de Jerusalinsky

Olá!!! Alfredo Jerusalinsky deu uma entrevista muito interessante em 2008 para um site chamado Istituto Humanistas Unisinos (IHU) ( http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/16061-a-impunidade-alenta-o-retorno-da-barbarie-entrevista-especial-com-alfredo-jerusalinsky ). Abaixo segue a entrevista, para deixar vocês com um gostinho!!!!!!

Beijos!!!!!

IHU On-Line - Em entrevista concedida ao nosso site em 09-03-2007, o senhor fala que a queda de crenças como “a união faz a força, a liberdade de um acaba onde começa a do outro, a felicidade está no amor (que necessariamente passa pelo outro)” nos deixa desorientados. Como esse desencantamento se relaciona com a autonomia do sujeito na pós-modernidade?
Alfredo Jerusalinsky – A bússola do sujeito muda seu norte. Se até pouco tempo ele se orientava na procura de um outro para decidir seu destino face àquilo que a sociedade demandava dele, hoje – na pós-modernidade – ele anda na incessante procura de um objeto que venha lhe garantir um gozo da máxima intensidade. Dito de outro modo, se o problema central de todo sujeito antes era como se representar no discurso social, hoje sua bússola sofreu a torção para o encontro com a satisfação de suas demandas corporais. A demanda social passou para um segundo lugar. De tal modo – no que se refere à autonomia – que ele mesmo perfaz seu próprio nome sem que o nome recebido do Outro tenha maior valor.

IHU On-Line - Como o senhor define o homo automaticus? Quais são os pontos de aproximação e as diferenças com o homo sapiens?
Alfredo Jerusalinsky – Se situarmos o homo sapiens como aquele primata que deu esse passo fundamental para o domínio da linguagem, recalcando suas pulsões a serviço de uma aliança fraterna ordenada por um saber simbólico sobre o gozo, teremos que nos perguntar quais serão os efeitos da perda de consistência desse gozo simbólico quando se coloca no trono um gozo real. Quando o gozo se situa na ordem simbólica, isso significa que não é necessário experimentar para saber: a linguagem nos assegura um saber que, na medida em que ele provém de uma memória da espécie armazenada nos signos lingüísticos (memória que costumamos designar como “cultura”), poupa a cada um de passar pela experiência. Até as crianças mais pequenas sabem disso: quando a mãe lhes oferece uma comida nova, elas podem responder que não gostam, apesar de nunca tê-la experimentado. A ordem simbólica ancorada na linguagem nos permite deduzir o lugar e o valor das coisas e dos outros sem nunca tê-los visto ou tocado. É assim que podemos saber que algo falta, sem termos registro de que é. Tais são as razões desse “homo” para merecer no nome de “sapiens”.
Quando se dá prevalência ao corpo como coisa a ser satisfeita – ou também como coisa a ser privada de satisfação –, são seus automatismos que passam a ocupar o centro da cena. Seja pela prevalência de um prazer absoluto, seja pelo martírio da privação, o corpo se torna protagonista e, então, seus automatismos passam a comandar a vida do sujeito. Este se torna escravo, paradoxalmente, dos artifícios que inventa (sejam científicos ou religiosos) para se desembaraçar da responsabilidade sobre seu destino. Na medida em que o saber já não está mais no sujeito, mas no artifício automático que ele mesmo criou (trate-se de suas descobertas neuroquímicas, da informática, dos artefatos eróticos ou dos sistemas dogmáticos de crenças ou cosmogonias), ele passa a merecer o nome de homo automaticus. A robótica aplicada como complemento corporal é um dos paradigmas desse conceito que acabo de propor, e, como é bem sabido, ela nos apresenta uma série interminável de problemas éticos.

IHU On-Line - E quais seriam os possíveis enlaces entre gozo e saber nesse homo automaticus?
Alfredo Jerusalinsky – Como acabo de afirmar, nesse homo automaticus, o que parece destinado a tomar o comando das coisas hoje em dia, o saber consiste numa repetição fechada que assegure um gozo real. Se é esse gozo que se procura, nada melhor, então, que reduzir tudo a uma engenhoca ou a um dogma, ambos garantindo uma repetição sempre igual e automática. Deve-se notar que, ultimamente, há importantes tentativas de reconciliação entre a religião e a ciência. Tentativas que se fundamentam nesse acordo estratégico de elevar os automatismos ao lugar de comando (embora os automatismos propostos não sejam da mesma natureza). Pelo seu lado, o fundamentalismo aposta seu saber na repetição automática das escrituras sacralizadas pelo homo sapiens. Ocorre que este último vivia com tantas dúvidas que precisou colocar em algum lugar a esperança de alguma verdade indiscutível. Se a religião, pelo seu lado, o fez nas sagradas escrituras, Descartes a situou no pensamento: “cogito ergo sum”, o que, paradoxalmente, cancelou sua “dúvida sistemática”.
Na medida em que o paradigma cartesiano colocou como núcleo do pensamento moderno o suposto de que todo saber é transformável em conhecimento (o que quer dizer, dotado de parâmetros que permitem materializá-lo calculá-lo), os saberes se transformaram em pequenas certezas. Habitamos num mar delas, tão pequenas que não alcançam para nos dar certeza de nada. Por isso, passamos a gozar de uma ilusão vasta e generalizada de saber o que, em verdade, ignoramos.

IHU On-Line - Se progresso é um sinônimo para felicidade, podemos dizer que o saber virou sinônimo de gozo? Por quê?
Alfredo Jerusalinsky – Um momento! Eu não disse que progresso seja realmente um sinônimo para a felicidade. Eu referi que essa é uma crença própria da modernidade. Mutatis mutandis, hoje tal crença se deslocou para a suposição de que o gozo seja sinônimo de felicidade. É difícil saber por que aconteceu tal coisa. Podemos formular algumas hipóteses: a ciência evoluiu de tal modo na modernidade que facilitou a crença de que os aproveitamentos tecnológicos de suas descobertas poderiam assegurar aos humanos que nada lhes faltaria. Outra hipótese na mesma trilha: a confiança cega na razão como fonte exclusiva de verdade levou a um reducionismo logicista (em termos euclidianos ) do pensamento, o que teve como conseqüência uma ilusão de domínio total do mundo em que vivemos. Talvez se trate simplesmente de um retorno do corpo mesmo ao centro da cena, depois de ter sofrido séculos de recalque e repressão.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Dicas de leitura


Alfredo Jerusalinsky é um autor muito conhecido da teoria psicanalítica. Produzindo a partir da sua prática clínica, ele faz parte da formação de muitos psicanalistas que na leitura de seus livros se encontram mobilizados pelas questões que ele provoca.
Segue abaixo alguns livros de sua autoria:

 “O Livro Negro da Psicopatologia  Contemporânea”. (Alfredo Jerusalinsky e Silvia Fendrik org.)Editora Via Lettera,  São Paulo, maio de 20011.

 
Adolescência: Entre o Passado e o Futuro (co-autor) Editora Artes e Ofícios, Porto Alegre, (1997)


“Para compreender a criança: chaves psicanaliticas”. Editora Instituto Langage , São Paulo, inverno de 2011.






 “O bebê e seus interpretes: clinica e pesquisa”. (Marie Christine Laznik e David Cohen org.). Ed. Instituto Langage, São Paulo, inverno de 2011




sexta-feira, 9 de março de 2012

Inscrições

Visitem a nossa página de Inscrições e saibam como participar do nosso evento!
Lembrem-se: qualquer dúvida enviem um e-mail para barbara.bsantos@hotmail.com .
Ou liguem para 3206-8015 (IMAS)  e procurem pelo Serviço de Psicologia.

Em breve mais notícias sobre o nosso palestrante!!!!!!!!

bjs